Dr. Victor Portocarrero - Urologista
Qual o melhor medicamento para reposição hormonal masculina?

A reposição hormonal masculina geralmente é feita com testosterona, e o melhor medicamento depende do tipo de deficiência e idade do paciente
A reposição hormonal masculina é indicada quando há níveis baixos de testosterona confirmados por exames laboratoriais e sintomas clínicos como cansaço, perda de libido e redução da massa muscular. O tratamento deve sempre ser prescrito por um urologista após avaliação criteriosa. A testosterona pode ser administrada de várias formas, e a escolha do melhor medicamento depende do perfil do paciente.
Os medicamentos mais usados para reposição hormonal masculina são os injetáveis, os transdérmicos e os implantes. A testosterona injetável é amplamente utilizada por oferecer bons resultados com aplicação quinzenal ou trimestral. Já o gel de testosterona é uma opção prática para quem prefere evitar agulhas e busca estabilidade nos níveis hormonais.
Os medicamentos orais, são pouco utilizados devido à menor biodisponibilidade e riscos hepáticos em alguns casos. É fundamental considerar fatores como estilo de vida, presença de doenças prévias, fertilidade e adesão ao tratamento. O acompanhamento médico regular com exames de sangue é essencial para monitorar a eficácia e os possíveis efeitos colaterais.
Além dos sintomas, o médico avalia também os objetivos do paciente, como ganho de massa muscular, melhora da função sexual ou recuperação da energia. Nenhum medicamento deve ser iniciado sem diagnóstico, pois o uso indiscriminado de testosterona pode trazer riscos, como aumento da próstata, ginecomastia e alterações no colesterol.
Quais são os tipos de testosterona usados na reposição hormonal masculina?
Existem diferentes apresentações de testosterona no mercado, e cada uma possui indicações específicas e vantagens distintas:
- Enantato de testosterona (Deposteron®): injetável, de ação curta, com aplicações a cada 2 a 3 semanas.
- Cipionato de testosterona (Durateston®): combinação de ésteres de testosterona, usada com intervalo de 2 a 4 semanas.
- Undecanoato de testosterona (Nebido®): injetável de longa duração, com aplicações a cada 10 a 14 semanas.
- Gel de testosterona (Androgel®, Axeron®): aplicado diariamente na pele, permite ajuste fino da dose.
A escolha depende da frequência de aplicação desejada, tolerância a injeções, histórico de saúde e preferências pessoais. Por exemplo, o Nebido® é indicado para quem deseja menos idas ao consultório, enquanto o Androgel® é ideal para quem quer evitar aplicações intramusculares.
Quem deve fazer reposição hormonal com testosterona?
A reposição hormonal masculina é indicada quando há hipogonadismo masculino, ou seja, quando os testículos produzem menos testosterona que o necessário. Os sinais mais comuns são:
- Redução da libido e disfunção erétil
- Fadiga excessiva e desânimo
- Perda de massa muscular e força
- Diminuição da densidade óssea
- Queda de pelos e alterações de humor
Após exame clínico e dosagens hormonais confirmando níveis baixos de testosterona total , o médico define se a reposição é necessária e qual a melhor via de administração para o paciente.
Quando o uso da testosterona pode ser contraindicado?
Apesar de segura quando bem indicada, a testosterona não deve ser usada em algumas situações. As principais contraindicações incluem:
- Câncer de próstata ou mama ativo
- Apneia do sono não tratada
- Policitemia grave (aumento exagerado de hemácias)
- Insuficiência cardíaca descompensada
- Desejo de ter filhos (pode reduzir a produção de espermatozoides)
Nesses casos, o urologista pode indicar outras abordagens terapêuticas que estimulem a produção natural de testosterona ou apenas acompanhamento clínico.