No dia 11 de abril, foi divulgada a Resolução CFM 2.333, que estabelece a proibição do uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e outras entidades médicas desempenharam um papel importante nessa conquista. Em 24 de março, a SBU, juntamente com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), enviaram uma carta ao CFM solicitando a regulamentação do uso de esteroides anabolizantes e substâncias similares para fins estéticos e de desempenho. O documento destacou o aumento das complicações resultantes do uso indevido de hormônios.
A resolução estabelece diretrizes claras para o uso dessas substâncias apenas em um contexto terapêutico, quando há diagnóstico de deficiências específicas com benefícios cientificamente comprovados. O objetivo dessa norma é proteger a população dos riscos e doenças associados ao uso inadequado de anabolizantes.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anabolizantes para fins estéticos por uma série de razões importantes e fundamentadas. O uso dessas substâncias com o objetivo de melhorar a aparência física, ganhar massa muscular ou aprimorar o desempenho esportivo traz consigo diversos riscos à saúde e pode causar danos irreversíveis ao organismo.
Uma das principais preocupações do CFM é a falta de segurança e eficácia desses compostos quando utilizados para fins estéticos. Os esteróides anabolizantes são medicamentos que afetam o equilíbrio hormonal do corpo, podendo causar uma série de efeitos colaterais prejudiciais. O uso inadequado dessas substâncias pode levar a complicações graves, como problemas cardiovasculares, disfunções hepáticas, distúrbios psiquiátricos, alterações no sistema endócrino, além de aumentar o risco de desenvolvimento de cânceres e outras doenças.
Além dos riscos à saúde, a proibição do uso de anabolizantes para fins estéticos também visa proteger a população dos danos físicos e psicológicos associados à pressão social e aos padrões irreais de beleza. O uso dessas substâncias pode levar a uma dependência física e psicológica, causando transtornos como a dismorfia muscular, em que a pessoa tem uma percepção distorcida de sua própria imagem corporal, levando-a a buscar cada vez mais intervenções e substâncias perigosas para alcançar um ideal inatingível.
Outro ponto importante é a ausência de supervisão médica adequada no uso de anabolizantes para fins estéticos. Muitas vezes, essas substâncias são adquiridas no mercado ilegal, sem a devida orientação profissional, o que aumenta os riscos à saúde. O CFM ressalta a importância da prescrição e acompanhamento médico para o uso de qualquer medicamento, e os anabolizantes não são exceção. Somente um médico qualificado pode avaliar as condições de saúde do paciente, indicar o tratamento adequado e monitorar possíveis efeitos adversos.
Os esteróides anabolizantes podem ser utilizados em situações médicas específicas para tratar certas condições de saúde. Um exemplo é o uso de esteróides anabolizantes para tratar a deficiência de testosterona em homens, conhecida como hipogonadismo. Nesses casos, os esteróides são prescritos para repor os níveis hormonais normais e melhorar os sintomas associados à baixa testosterona, como fadiga, perda de massa muscular e diminuição da libido.
Além disso, os esteróides anabolizantes também podem ser usados em certos distúrbios do crescimento, como a síndrome de Turner e a deficiência de hormônio do crescimento em crianças. Essas substâncias podem ajudar a estimular o crescimento ósseo e muscular, promovendo o desenvolvimento adequado nessas condições.
No entanto, é importante ressaltar que o uso de esteróides anabolizantes deve ser feito sob supervisão médica estrita e em conformidade com as diretrizes adequadas.
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