O cancro mole, também conhecido como cancróide, é uma infecção bacteriana sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Esta condição é caracterizada pela formação de úlceras dolorosas nos órgãos genitais. Diferente de outras doenças sexualmente transmissíveis, o cancro mole não apresenta uma lesão inicial indolor; ao contrário, a dor é um sintoma proeminente desde o início. É uma infecção mais comum em regiões tropicais e subtropicais e afeta principalmente homens não circuncidados.
Os sintomas do cancro mole começam a surgir de 4 a 10 dias após a infecção inicial. O principal sintoma é a presença de uma ou mais úlceras genitais dolorosas, que são rodeadas por um halo inflamatório. Essas lesões podem ser de tamanho variado e, frequentemente, apresentam bordas irregulares e um fundo purulento. Além disso, é comum a ocorrência de linfadenopatia inguinal, onde os gânglios linfáticos na região da virilha se tornam dolorosos e inchados, podendo evoluir para abscessos.
A ulceração dolorosa e a linfadenopatia inguinal são as características clínicas mais distintivas do cancro mole. As úlceras podem coalescer e formar grandes áreas de destruição tecidual se não forem tratadas adequadamente. Além da dor intensa nas úlceras, pacientes podem relatar sintomas sistêmicos como febre e mal-estar geral, embora estes sejam menos comuns. É crucial que indivíduos que apresentem esses sintomas procurem atendimento médico imediato para diagnóstico e tratamento adequado.
O diagnóstico de cancro mole, ou cancróide, começa com uma avaliação clínica detalhada. O médico examina as úlceras genitais dolorosas, que são características desta infecção. A aparência das lesões, com bordas irregulares e fundo purulento, juntamente com a presença de linfadenopatia inguinal dolorosa, são sinais sugestivos da doença. Esse exame físico inicial é crucial para levantar a suspeita clínica.
Para confirmar o diagnóstico, são realizados exames laboratoriais específicos. A cultura bacteriana das lesões é o método mais direto, onde uma amostra da úlcera é coletada e cultivada em meios apropriados para detectar a presença da bactéria Haemophilus ducreyi. No entanto, este método pode não estar disponível em todos os laboratórios, e a sensibilidade do teste pode variar.
Outra técnica diagnóstica utilizada é a reação em cadeia da polimerase (PCR), que detecta o material genético da bactéria. A PCR é altamente sensível e específica, oferecendo resultados rápidos e precisos. Além disso, testes sorológicos podem ser usados para excluir outras infecções sexualmente transmissíveis que apresentam sintomas semelhantes, como sífilis e herpes genital, garantindo um diagnóstico diferencial correto.
O diagnóstico de cancro mole também pode envolver exames complementares de imagem, como ultrassonografia, para avaliar a extensão da linfadenopatia inguinal e identificar possíveis abscessos. Um diagnóstico preciso é fundamental para iniciar o tratamento adequado com antibióticos, que incluem azitromicina ou ceftriaxona, a fim de evitar complicações e a disseminação da infecção.
O tratamento para cancro mole, também conhecido como cancróide, envolve o uso de antibióticos para eliminar a infecção causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Os medicamentos mais comumente utilizados são azitromicina, administrada em dose única de 1 grama via oral, e ceftriaxona, aplicada em dose única de 250 mg por via intramuscular. Esses antibióticos são eficazes e geralmente resultam em uma rápida melhora dos sintomas.
Além dos antibióticos, o manejo do cancro mole pode incluir cuidados locais com as úlceras genitais. É importante manter as lesões limpas e secas para evitar infecções secundárias e promover a cicatrização. Em alguns casos, pode ser necessário drenar abscessos inguinais dolorosos que se formam devido à linfadenopatia associada à infecção. A drenagem deve ser realizada por um profissional de saúde para evitar complicações.
O acompanhamento médico é essencial para garantir a eficácia do tratamento e a resolução completa dos sintomas. Em casos resistentes ou complicados, pode ser necessário prolongar a terapia antibiótica ou ajustar a medicação com base nos resultados dos testes de sensibilidade bacteriana. É fundamental que os parceiros sexuais dos pacientes também sejam tratados, independentemente da presença de sintomas, para prevenir a reinfecção e a disseminação da doença.
A prevenção do cancro mole é baseada em práticas sexuais seguras, incluindo o uso de preservativos e a redução do número de parceiros sexuais. Educação sexual e programas de saúde pública focados na detecção precoce e no tratamento das infecções sexualmente transmissíveis também desempenham um papel crucial na prevenção do cancro mole e de outras doenças semelhantes.
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